terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Moradores recorrem ao MP para afastar autoescolas do Independência

Na quinta-feira, um acidente envolvendo um dos carros de uma autoescola deu novo ingrediente à polêmica. / Divulgação


A Associação de Moradores do Quarteirão Italiano deve entrar com um pedido no Ministério Público para que sejam tomadas medidas contra a utilização da Avenida dos Pinheiros para as aulas de direção e exames do Departamento de Trânsito (Detran). A medida deve ser realizada mesmo após a apresentação de uma proposta para a criação de vários pontos para as aulas de direção.
Segundo Claudia Aguiar, presidente da associação de moradores, a rua não pode ser utilizada pelas autoescolas porque é a principal via de acesso ao bairro. “Mesmo que sejam apenas os exames do Detran, o transtorno é o mesmo. A circulação pelas ruas do bairro é imensa e complicou ainda mais com a vinda das autoescolas. É preciso encontrar uma solução para este problema, existem outras ruas na cidade que podem abrigar as autoescolas”, destacou.
A proposta foi apresentada na última quinta-feira, durante reunião entre o presidente da Companhia Petropolitana de Trânsito, Roberto Naval, e o representante do Sindicato das Autoescolas do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Marcelo Gontijo. De acordo com Marcelo, a ideia foi bem vista pelo presidente da CPTrans. “Vou marcar uma reunião com os diretores das autoescolas para listarmos locais onde essas aulas possam acontecer e depois apresentarmos para a Companhia de Trânsito”, informou.
O aumento no volume de carros transitando pelas ruas do bairro é o principal queixa dos moradores. Na tarde de quinta-feira, um acidente envolvendo um veículo de uma autoescola e o carro de um morador causou mais protestos. “Sabíamos que esse tipo de coisa iria acabar acontecendo. Avisos não faltaram sobre a total impropriedade de se colocar num bairro estritamente residencial um volume absurdo de carros”, protestou a moradora Regina de Sá.
A utilização da Avenida dos Pinheiros pelas autoescolas divide opiniões no bairro. O morador Ricardo Lira apoia a medida e cita que existe um documento na CPTrans, assinado pelos moradores, autorizando as autoescolas a utilizar a via. “Essas denúncias e reclamações vêm de encontro a tudo que estamos fazendo pelo bairro. Temos este documento e queremos as autoescolas atuando no bairro”, frisou.

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